Em comum, têm o corpo prateado, achatado mas não fino, com escamas grandes. Eles são comuns nos açudes, barragens, pesqueiros e rios. São robustos, prolíficos e longevos (chegam a viver 10 anos).
A boca tem forma de ventosa, com lábios carnosos, que guardam dentes atrofiados em fileiras. Ou seja, aparelho apropriado para raspar e chupar barro no leito dos rios.
Vive em todo território brasileiro.
Outras características deste peixe:
Nome científico: Prochilodus scrofa, P. lineatus, P. platensis. P nigricans, P. marggravii
Ecologia: Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações para reprodução.
Equipamentos: A pesca é praticada principalmente nos barrancos de beira do rio com equipamentos simples. As varas são de bambu, variando de 2 a 4m. A linha, geralmente uns 50cm maior que a vara, são de 0,30 a 0,4Omm. Os anzóis são pequenos e finos para facilitar a fisgada.
Iscas: A melhor isca é a massa de farinha de trigo iscada no anzol até a metade do colo. Deve ser consistente, nem muito dura, nem mole demais.
Dicas: Não é um peixe fácil de pescar porque pega a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade do pescador para efetuar a fisgada no momento exato.
A carne do curimatã
Aliás, o seu hábito alimentar de chupar o lodo – é onde ele encontra matéria orgânica essencial para o seu desenvolvimento, composta por sementes, protozoários, insetos, algas e microorganismos – é responsável pela característica da carne, saborosa, mas, às vezes, algo lodosa, como a da carpa. Por isso, assim como outros peixes de mesmo hábito alimentar, é chamado também de “papaterra”.
Sabe-se, porém, que o gosto de barro se dá pela presença de um óleo chamado geosmina produzido por cianobactérias presentes entre os detritos. Daí que sua carne é mais saborosa quando vêm de lagos e rios mais arenosos, sem muito lodo. Cortada em tirinhas, empanada e frita, a carne é bem gostosa.
Reprodução peixe curimatã
A partir do final de novembro ou começo de dezembro as fêmeas começam a ovar e esta fase pode ir até junho. É, então, na primeira metade do ano que as ovas são acumuladas e congeladas para abastecer o mercado durante o ano.
Porém, ainda neste meio tempo há o período de defeso da piracema (quando as fêmeas estão no auge da desova, frágeis e cansadas e poderiam ser capturadas mais facilmente), determinado por lei para proteger a espécie e garantir renovação do estoque. Este período pode variar, mas, neste ano, a proibição, regulada pelo Ibama, foi de 1º de dezembro de 2008 a 31 de março de 2009.
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